A inflação é um fantasma que assombra
governos e banqueiros centrais. Para aqueles que viveram em uma época de
hiperinflação (antes da criação do REAL no Brasil) ela é um monstro que deve
ser evitado a todo custo. Porém devemos refletir sobre uma coisa: se inflação é
ruim, pois é a queda do poder de compra das pessoas, por que existe inflação?
Por que as metas de inflações de bancos centrais nunca é zero?
Vimos no ARTIGO PASSADO o que é dinheiro e o que é inflação, mas talvez alguém um pouco crítico,
deva estar pensando “se inflação é ruim ela não deveria existir”, de fato esse raciocínio
está correto. Porém costumeiramente governos são sempre tentados a gastar.
Todos os incentivos apontam para que o governante gaste mais. Pense: primeiro
que o dinheiro gasto não é dele, depois que quanto mais ele gastar em coisas
que chamem a atenção maior é a chance de esse governante agradar a população e
consequentemente alcançar votos em uma democracia como a nossa.
Aumento de salários de
funcionários públicos, aumento de serviços públicos e “gratuitos”. Essas são as
coisas mais comum de se ver um politico conceder a sua população, contudo bens
na terra onde vivemos são escassos e por isso possuem uma limitação. Em outras
palavras alguém precisa pagar por isso, estados por definição não produzem nada,
eles vivem através de impostos das pessoas, que são gentilmente chamadas de
contribuintes. Algo muito comum de acontecer é que os governos não conseguem
fechar suas contas no azul e para conseguir financiar seus gastos deveriam
cobrar mais impostos. Porém impostos não são populares, pessoas tendem a ficar
insatisfeita com um governo que cobra muito imposto. Logo esses governo
utilizam-se do poder, outorgado a ele, de emitir dinheiro para pagar as suas
contas.
Essa atividade é muito
recomendada pela maioria dos economistas, apesar dessa atitude ser um
verdadeiro roubo do poder de compra da população, principalmente dos mais
pobres. Bastas folhear manuais de economia, que facilmente irá encontrar
incentivos a essas prática, inclusive alguns sugerem até mesmo a quantidade que
deve ser aumentada anualmente. Valores como 3%, 7% às vezes 10% dependendo do
autor, país ou ano que este manual foi escrito.
Um economista muito famoso até os
dias de hoje, chamado Keynes, defende que o aumento de salários de funcionários
públicos gera uma nova demanda (excedente) essa nova demanda ele denomina
“demanda efetiva” segundo seu modelo essa demanda efetiva é boa para o
desenvolvimento da economia, desconsiderando que aumentar o dinheiro sem
aumento da quantidade de bens produzidos, melhora a situação apenas do primeiro
recebedor. Algumas pessoas criticam o aumento de riqueza de alguns determinados
grupos da sociedade, porém geralmente são esses mesmos críticos que defendem politicas
como essas que geram as exatas distorções, mas isso é assunto para outro
artigo.
A função principal de um governo
deveria ser impedir que violência acontecesse, mas desde que passou a ter o
direito constitucional de criar a própria moeda e obrigar seus cidadãos a utilizá-la
ele passou a adotar uma postura prejudicial para a população. Sempre com a intenção de criar a “melhor
época” que o seu povo viveu (através de benesses pagas através de inflação),
ele destrói riquezas, dificulta investimento e deixa seu povo mais pobre.
Além disso, devido a alta carga
de distorções no mercado que os governos fazem com a capacidade de criar
dinheiro são os principais causadores de grandes crises econômicas como a de
2008, por exemplo. Mas isso é assunto
para outro artigo.
Como você pode ter notado, são
muitos os malefícios de um governo poder criar dinheiro do nada, ele tem todo o
incentivo para fazer isso de forma irresponsável. Porem dia após mais
economistas endossam esse mecanismo. Devido a isso hoje em dia já é quase
inexistente as discussões sobre o porquê os estados tem esse poder. Para que
haja um verdadeiro crescimento de riqueza no mundo se inflação precisamos olhar
para o tempo antes da criação de dinheiro
por estado. Somente assim poderemos avançar.
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