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segunda-feira, 20 de abril de 2020

O que é ciencia econômica


A expressão “ciência econômica” é comumente desconhecida pela maior parte da população. Muito mais que isso, é extremamente normal ouvir de alguém que acha que ciência econômica é o correlativo de educação financeira ou algo do gênero. Se você também pensava isso, não se preocupe! Este artigo tem por objetivo trazer uma visão melhor do termo, além de uma breve introdução sobre uma escola de pensamento.

Primeiramente, é de extrema importância que todo cidadão tivesse uma noção de ciências econômicas ou economia, pois esse conhecimento, mesmo que básico e superficial, impediria que pessoas fossem ludibriadas nas suas atividades da vida pelas forças da economia que poucas pessoas percebem.

O termo economia vem do latim “OECONOMIA” que pode ser traduzido como “administração do lar”.

Paradigma Neoclássico

Para se entender a ciência econômica, é preciso estudar sob perspectivas, pois existem divergências nos métodos, nas formas e também nas soluções dadas. A primeira perspectiva dada é o chamado paradigma neoclássico, basicamente é o mainstream econômico no Brasil e no mundo.

O foco de estudos da ciência econômica sob a perspectiva neoclássica se dá na análise da produção, distribuição e consumo dos bens e serviços. Baseando essas análises no que pode ser chamado de teoria da decisão, onde o ser humano seria o “homo oeconomicus”, um ser que apenas reage aos estímulos, subtraindo do ser humano toda a vontade, desejo, moral e todos os outros fatores que influenciam na decisão humana.

Sob essa perspectiva, ela é uma ciência positivista, baseada no empirismo. Em uma tentativa de tratar a ciência econômica como se fosse uma ciência natural, onde se isola as variáveis em um laboratório e testa uma hipótese, os neoclássicos tratam a ciência econômica de forma normativa, ou seja, é colocado um juízo de valor sobre as atitudes e ações tomadas.

Com relação ao formalismo, os neoclássicos usam a matemática, uma linguagem simbólica, para analisar os fenômenos atemporais e que são constantes. Utilizam-se desses dados numa procura deliberada de previsão de fenômenos futuros.

Paradigma Austríaco

Do ponto de vista da Escola Austríaca de Economia, o foco das ciências econômicas é a ação e a escolha do indivíduo, usando teoria da ação humana, onde todos os fenômenos são processos dinâmicos, reproduzindo de fato a realidade. Além disso, o agente econômico dessa perspectiva, é o empreendedor criativo, que não age como um autômato, mas busca soluções para seus problemas baseando nas suas concepções de mundo diversas.

Os austríacos se baseiam na ciência lógico-dedutiva, apriorística, utilizando de axiomas para explicar a realidade. Eles também enxergam que a ciência econômica é uma ciência social, sendo assim impossível sintetizar a realidade em um laboratório. Sua principal base é o subjetivismo e o individualismo metodológico, onde o indivíduo é o formador do processo de conhecimento. Além disso, a ciência econômica sob a perspectiva dos austríacos traz uma ciência descritiva, sem juízo de valor, com intenção apenas de descrever os fenômenos econômicos em que o ser humano está inserido.

Quanto ao formalismo, é comum os austríacos usarem a comunicação lógico-verbal, pois permite que sejam considerados o tempo e a criatividade humana como fatores subjetivos em cada processo econômico. Porém, essa reprodução da realidade de forma mais verdadeira, faz com que os austríacos vejam como impossível uma previsão do futuro porque, para isso, o economista dependeria de um conceito empresarial que ainda não foi criado. Possibilitando, apenas, previsões de tipo qualitativo e teórico sobre as consequências de um intervencionismo descontrolado.

Conclusão
Definitivamente a ciência econômica não é apenas algo que trata de dinheiro, mas de diversos fenômenos em que todos os seres humanos participam, seja consciente ou inconscientemente. Ela busca entender como todos estes fenômenos ocorrem. Contudo, existem divergências nos métodos utilizados, o que ocasiona em uma diferente percepção individual do mundo econômico.

Como um estudante de economia austríaca, tendo a dizer que as percepções austríacas reproduzem mais corretamente a realidade, não buscando generalizá-la, mas apenas descrever como o homem age diante das diferentes conjunturas a que está inserido. Além de não buscar trazer métodos das ciências naturais para a tratativa de pessoas, que constantemente mudam, evoluem, decidem. Você consegue prever o que estará fazendo daqui a cinco anos? Agora, imagine prever as decisões de todo um conjunto de indivíduos.

Contudo, deixo ao leitor o incentivo para buscar mais informações sobre o referido assunto e, enfim, tirar suas próprias conclusões, baseadas no que leu e em suas experiências prévias. Para facilitar a comparação, segue abaixo uma tabela simplificada com as principais diferenças entre os paradigmas austríacos e neoclássicos.







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